quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Olhos

Aqueles olhos que não vejo mais
Olhos profundos azuis brilhantes
Cintilando com saudade
Faiscando minha paixão

Do meu passo zonzo torto estreito
Ao dela longo magro sem jeito
Andamos juntos toda uma estrada

Dois segundos se passaram
Duas décadas de lembranças

Seus cabelos curtos sobre o queixo
Sua boca sorrindo com pureza
Seu nariz arrebitado me desafia
Ah, aqueles olhos que não vejo mais

Continuam os doces dias
Doces olhos doces vidas
Meu passo alarga

Dois segundos mais
Uma volta, uma última lembrança

Aqueles olhos novamente
Aqueles olhos que não vejo mais
Pobres olhos doces olhos
Olhos que não me vêem mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário